segunda-feira, 1 de agosto de 2011

RENASCIMENTO E HUMANISMO

HISTÓRIA DO RENASCIMENTO E HUMANISMO


“Uma época de renovação de idéias que transformaram toda uma geração”


O Renascimento marcou o início dos Tempos Modernos no plano Cultural. Teve início nos fins da Idade Média e atingiu a plenitude entre os séculos XV e XVI. A denominação Renascimento foi resultado da preocupação dos homens que viviam esta evolução cultural, em aproximar a sua época da Antiguidade. Consideravam, por tanto, que a sua época via renascer a cultura antiga, a partir da qual se orientavam, em oposição à cultura medieval, que desprezavam. O Renascimento começou na Itália e seu desenvolvimento e difusão foram possíveis graças a uma serie de circunstancias da historia italiana. Com o processo das cidades e do comercio, muita gente enriqueceu a ponto de ficar em condições de proteger os artistas e gastar bastante com a Arte: os protetores dos artistas eram chamados de mecenas. Estes acabaram conhecidos e respeitados por todos. A Arte os ajudava a conseguir créditos e a divulgar as atividades das suas empresas, contribuindo para seu progresso. Os príncipes, cada vez mais poderosos desejando legalizar sua autoridade, recorriam aos humanistas que justificavam e divulgavam seus atos e idéias. Como o fato de ser mecenas era sinal de prestigio, o interesse social uniu-se ao econômico e ao político em beneficio do Renascimento. A produção artística foi muito favorecida pelo equilíbrio existente entre as forças universais representadas pelo Papado e pelo Império, que se empenhavam numa luta para controle político da Itália. Foi bem mais tarde, por ocasião das guerras da Itália com outros países, que o Renascimento atingiu o resto da Europa. Período de maior produção artística foi entre 1450 e 1550, com obras literárias: A Divina Comédia, de Dante; Decamerão, de Boccaccio; África, de Patrarca. Os homens que viveram durante o Renascimento julgavam viver um período de Luzes depois das “Trevas” medievais. Isso trouxe a redescoberta do valor e das possibilidades do homem, que passou a ser considerado o centro de tudo. Na idade média, o centro era Deus. Foi também acentuado o interesse por estudos sobre a natureza. A característica mais marcante do Renascimento foi o profundo racionalismo, isto é, convicção de que tudo pode ser explicado pela razão do homem e pela ciência, a recusa de acreditar em qualquer coisa que não tenha sido provada. Os métodos experimentos, a observação cientifica, o desenvolvimento da contabilidade, a organização político racional, que começaram no Renascimento, são exemplos desse racionalismo.

HUMANISMO

A revolução cientifica e literária que se deu durante o Renascimento foi chamada Humanismo. Os humanistas eram geralmente homens da Igreja ou professores protegidos pelos mecenas. Eram individualistas, isto é, davam maior importância ao valor e aos direitos da cada individuo do que à sociedade. Homens cultos, viajavam à procura de manuscritos que copiavam, corrigiam e comentavam. Para entendê-los, aprenderam grego, hebraico e outras línguas antigas: expressavam-se no mais puro Latim. O principal centro humanista foi a Itália nos fins do século XV. Em Florença, Lourenço de Médicis fundou uma academia onde pensadores ilustres tentaram estabelecer um acordo entre o pensamento antigo (Pagão) e o pensamento Cristão; foi também ali que Maquiavel renovou os estudos de história e de política. O maior humanista fora da Itália, foi o holandês Erasmo de Roterdam. Na França o Humanismo trinfou graças à proteção de Francisco I, fundador do Colégio de França, onde se ensinava grego, hebraico, filosofia, matemática, geografia e medicina. Humanismo pode ser definido como um conjunto de ideais e princípios que valorizam as ações humanas e valores morais (respeito, justiça, honra, amor, liberdade, solidariedade, etc). Para os humanistas, os seres humanos são os responsáveis pela criação e desenvolvimento destes valores. Desta forma, o pensamento humanista entra em contradição com o pensamento religioso que afirma que Deus é o criador destes valores. Os humanistas cristãos continuam com o pensamento em que Deus é o centro de todas as coisas, respeitando os pagãos que pensam o contrario.

O HUMANISMO PORTUGUÊS
O Humanismo português vai desde a nomeação de Fernão Lopes para o cargo de cronista-mor da Torre do Tombo, em 1434, até o retorno de Sá de Miranda da Itália, em 1527, quando começou a introduzir em Portugal a nova estética clássica. Torre do Tombo: arquivo do Reino, onde se guardavam os documentos oficiais. A Torre do Tombo foi destruída por um terremoto em 1755, mas o arquivo conservou sempre o mesmo nome. O termo Humanismo literário é usado comumente para designar o estudo das letras humanas em oposição à Teologia. Na Idade Média, predomina a concepção teocêntrica, em que tudo gira em torno dos valores religiosos.

A partir do Humanismo desenvolve-se uma nova concepção de vida: os eruditos defendem a reforma total do homem; acentuam-se o valor do homem na terra, tudo o que possa tornar conhecido o ser humano; preocupam-se com o desenvolvimento da personalidade humana, das suas faculdades criadoras; têm como objetivo atualizar, dinamizar e dar uma nova vida aos estudos tradicionais; empenham-se em fazer a reforma educacional, populares e, principalmente, do papel do povo nas guerras e rebeliões.

São de sua autoria:
_ A Crônica de El-Rei D. Pedro I: narrativa dos principais acontecimentos de seu reinado;
_ A Crônica de El-Rei D. Fernando: narrativa dos fatos que ocorreram desde o casamento de D. Fernando com Leonor Telles até o início da Revolução de Avis;
_ A Crônica de El-Rei D. João I: narrativa dos acontecimentos relativos a seu reinado (1385-1411), quando é assinado a paz com Castela.
Fernão Lopes é reconhecido como historiador de inegável méritos e verdadeiro narrador-artista preocupado não apenas com a verdade do conteúdo de suas narrativas, mas também com a beleza da forma. É reconhecido também pela sua capacidade de observar e analisar personagens históricas. Fernão Lopes analisou com objetividade e justiça os documentos históricos: foi cauteloso em determinar a verdade histórica, ao confrontar textos e versões sobre um mesmo acontecimento.





2 comentários:

  1. Passei por aqui para dizer um olá Emanoel Silva...estamos acompanhando as notícias e as postagens. At+

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  2. Grato por estar visitando meu Blog Emanoel...de vez em quando estou por aqui para ver suas postagens. At+

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