sexta-feira, 18 de setembro de 2015



Do Brasil à Terra Prometida
Por Emanuel Messias Silva dos Santos



Faz tempo que o povo brasileiro clama por justiça, principalmente a classe mais pobre de todo nosso território. À chegada, em 22 de abril de 1500, da frota comandada por Pedro Álvares Cabral em nosso território só tinha um propósito “descobrir, desbravar”, termos usados com um só objetivo levar as especiarias e riquezas do novo país. À chegada de europeus às terras de “Vera Cruz”, o atual Brasil tinha claramente o objetivo de civilizar, exterminar, explorar, povoar, conquistar e dominar. Então entendemos uma coisa, que o Brasil não foi descoberto pelos portugueses, e sim já existiam os indígenas (povoadores) que viviam há muito tempo neste território antes da chegada dos europeus. Portanto, o processo de colonização portuguesa no Brasil teve um caráter semelhante a outras colonizações europeias, com o extermínio dos povos indígenas. Sendo assim, ressaltamos que o Brasil não foi descoberto e sim conquistado.

Muita gente já ouviu falar do Êxodo do Egito, libertação dos escravos que foram levados por Moisés a Terra Prometida. Para chegar à terra de Canaã, Moisés não tomou o caminho mais curto, por causa dos inimigos filisteus. Tampouco atravessou o centro da ampla península do Sinai, onde enfrentariam calor extremo. Não Moisés levou o povo para o Sul, acamparam em Mara, onde Deus fez com que as águas amargas se tornassem potável. E o povo sempre impaciente e resmungão pedindo comida e salvação.

Desde a época mais remota que o povo tem sido dominado pelos grandes exploradores e clama por justiça e compaixão de Deus. E nada mudou nesse sentido, o capital comanda e dita às normas, financiando como no passado a expansão comercial e comercialização de produtos (obtenção de lucro), usando a mão de obra barata (escrava), desvalorizando o Ser Humano e diminuindo os seus direitos trabalhistas. Ligado a tudo isso citamos a expansão do Cristianismo que em vez de ensinar a verdadeira missão de Jesus, se tornou hoje como uma corrente forte ligada aos grupos financeiros que mantem domínio da massa e seus comercializadores de ovelhas.

Como no passado, os “faraós” apertam os chicotes na população de menor representatividade social e estão tentando acabar com os direitos adquiridos principalmente da era Getúlio Vargas. Para o professor da USP especializado em sociologia do trabalho, Ruy Braga, o projeto de lei 4330, Lei da terceirização foi a maior derrota popular desde o golpe de 1964. “Um desmonte que a Dilma tem culpa, mas que foi iniciado por FHC e sela um acordo com o governo do PMDB” afirmou o professor.

Segundo Ruy Braga, houve restrições ao Seguro Desemprego, sancionadas pelo governo no fim de 2014, combustível usado pelo PMDB para engatar outras propostas desfavoráveis ao trabalhador, e

Entre tantos descasos, como a luta para proteger as empregadas domésticas, citamos o desrespeito do governo federal por deixar milhões de trabalhadores sem o pagamento dos abonos salariais do PIS/PASEP 2015. A União, que sabidamente está com as contas deterioradas, adotou esse procedimento e prejudicou ironiza: "Esse projeto sela o fim do governo do PT e o início do governo do PMDB. Dilma está terceirizando seu mandado".

Na realidade o PMDB é quem está ditando o jogo político e demonstra que deverá destruir o PT, e depois partir para um acordo de figurinhas carimbadas ligadas ao PSDB.

Não precisamos de Salvador da Pátria, porém convenhamos que como Moisés que guiou o povo pelo deserto e libertou da escravidão (das mãos do Faraó), precisamos sim de alguém escolhido por Deus para fortalecer novamente os direitos adquiridos de nossos escravos trabalhadores. Emanuel Messias Santos

Nenhum comentário:

Postar um comentário