sexta-feira, 28 de novembro de 2014

O Gigante ainda não acordou; apenas foi ao banheiro fazer xixi 


Durante o ano de 2013 vivemos intensas manifestações de rua por todo o país, quando a população pôs para fora uma infinidade de desabafos acumulados desde o período em que se parou de proibir de desabafar. Até o fim da ditadura, cuja decadência se evidenciou com o Movimento Diretas Já e culminou com a eleição de Fernando Collor,  o povo  estava longe de se manifestar livremente sobre qualquer assunto. Com o fim da ditadura, parece que nossa sociedade entrou em um estado de torpor e não soube ocupar as ruas com suas manifestações. Mas pelo menos é melhor uma liberdade não usada do que a falta da mesma!
Exceção a esta regra foi o período “Fora Collor” com a invasão das ruas pelos jovens caras pintadas dos movimentos estudantis, em cujos diretórios acadêmicos, na ânsia libertária juvenil, poderiam até se embriagar com álcool e algumas drogas, mas que hoje infelizmente se tornaram absolutamente dependentes da pior droga política – o aparelhamento e o cabresto, não aquele imposto por fuzis, mas o que dopa através da dependência causada por holerites e favores políticos.
2013 trouxe a esperança para mim e para outros que como eu acham que há esperança de vida política além daqueles partidos que são duas faces da mesma moeda – o PT e o PSDB. Após Collor e Itamar, ou seja, nos últimos 20 anos, nosso país, nosso gigante, dorme em berço esplêndido, tendo alguns sonhos bons, como a estabilização econômica que nos foi presentada pelos tucanos, como a melhora na distribuição de renda ofertada pelos petistas, mas muitos pesadelos, como escândalos que vão desde o das privatizações, da compra de votos para aprovação da emenda da reeleição, do mensalão (seja o tucano ou petista) e agora a cama onde o gigante descansa balança pelo estremecer causado pelo pesadelo do escândalo da Petrobrás.
Em 2013 o gigante deu alguns passos, causou medo e desespero no status quo, pôs para fora de sua enorme bexiga urina acumulada por 20 anos enquanto dormia sob a ladainha tucano petista. Reclamou dos 20 centavos a mais na tarifa de transportes até as escolas e hospitais “padrão FIFA”. Reclamou da qualidade zero que temos em todos os serviços públicos, sejam federais, estaduais ou municipais, carimbada por simpáticas estrelas ou por tucaninhos sorridentes. Queria mais, merecia mais.
Em 2014 saiu de casa com o barulho de um avião que caiu e o acordou ainda mais, pois viu  que neste avião morreu um Governador que era diferente e mostrava  que havia sim chance de vida além dos dois partidos que querem ser os únicos donos deste país, e viu que fora do avião ficou em pé uma figura de uma vice que representava uma verdadeira alternativa política e mostrava que a vida pode e deve ter mais de duas cores.
Infelizmente as duas faces da mesma moeda se juntaram e fizeram o que melhor sabem fazer: doparam o gigante novamente, com falsos discursos de experiência política (experiência para estes resultados pífios, melhor não ter!), escondendo embaixo do tapete tucano a insegurança pública e a crise hídrica; embaixo do tapete vermelho a corrupção institucionalizada, represamento da inflação e baixo crescimento. Doparam-no com doses cavalares de ataques mentirosos, falsas promessas, tanta ladainha, tanta vileza, tanta baixaria que o gigante correu de volta para casa, tapou os ouvidos com o travesseiro e voltou a dormir.


Mas o sono não é mais tão tranquilo como antes, e a bexiga esvaziou um pouco, mas o intestino trabalha bastante, principalmente durante o sono e em breve o gigante terá que levantar!

Fonte: Comunicação - Partido Humanista da Solidariedade - Juventude - PHS

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